sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Demorou, mas Muricy escalou o time ideal

Dizer que Muricy é teimoso não é novidade para ninguém. Afirmar que a opinião dele é a que vale e que não se empolga com o que os torcedores pedem, também. Mas enfim ele arriscou um pouco mais na escalação do time, o que todos nós pedíamos há tempos.
Uma equipe leve, com jogadores que dão variações dentro de campo e não deixam o Tricolor dependente só dos cruzamentos, que aconteceram, mas só quando o time não tocou a bola. Afinal de contas, não se pode deixar de lado uma jogada que tem sido importante há um bom tempo.
O meio campo merece maior destaque. Jean mais fixo. Arouca, Jorge Wagner e Hernanes revezando na saída de bola, com o camisa 10 tendo mais liberdade. Quem ganhou com isso foram Borges e Washington, sempre com um ou dois deles próximos para a tabela.
Se Muricy esperava encontrar a equipe certa antes da estréia na Libertadores, isso não aconteceu. Duas partidas depois, mesmo com um pouco de atraso, a formação enfim se mostra eficiente.
Defeitos ainda existem, afinal de contas, foi a primeira vez que os 11 titulares jogaram juntos. Sem muito tempo para treinarem, eles têm de serem mantidos para que o entrosamento cresça. No dia-a-dia, os detalhes serão corrigidos. Washington fez no pivô, André Dias de cabeça e Hernanes em tabela. É a prova de que existiu variação.
Fico na torcida para que Muricy mantenha o esquema de jogo e, no próximo domingo, contra o Santos na Vila, espero que o time possa mostrar um pouco mais do bom futebol apresentado ontem. Sem Borges, suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo, Dagoberto ganhará nova chance no time titular. Será interessante ver o camisa 25 atuar ao lado de W9 com esse novo esquema. Quem ganha com tudo isso somos nos são-paulinos e claro, Muricy Ramalho, que começa a dar cara ao time que busca reconquistar a América e o Mundo.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Para nós, 2009 começa nessa quarta.

Quarta - feira dia 18 de fevereiro 22 horas, para nós são paulinos, o ano acaba de começar. Começa a 50ª edição da Taça Libertadores da América, essa será nossa 13ª participação, a sexta consecutiva.
Nada é maior para um são- paulino do que a Libertadores. Somos tão obsecados por ela que, deixamos de lado um clássico com nosso maior rival(que time do mundo pouparia 8 jogadores titulares num jogo contra o maior inimigo?), quatro dias antes de nossa estréia no torneio de futebol mais emocionante do mundo.
Algum " leigo" torcedor de outro time pode se perguntar : " Mas por que o São Paulo dá tanta prioridade a essa "tal" Libertadores a ponto de " abandonar" outras competições ?"
A resposta é simples... O reconhecimento internacional que o titulo sul- americano dá ao clube é imenso, além da classificação para o Mundial Interclubes, a premiação dada pela CONMEBOL dá uma bela recheada nos cofres do campeão.

"Mas, e o torcedor ? Por que tanta paixão ?" Pode perguntar o mesmo desavisado.
Essa resposta também é muito simples, e são poucos os torcedores que podem responder essa pergunta com tanta propriedade como o são- paulino. Afinal, entre todos os times brasileiros, só nós temos o orgulho de ter conquistado esse título por 3 vezes.
E amanhã, começaremos a escrever mais uma linda página dessa louca paixão.
Ahhh... Como é lindo ver nosso estádio em noite de Libertadores!
Como é bom sentir aquele friozinho na barriga antes das partidas...
Como é bom olhar nos olhos do nosso capitão e ver naquela face vitoriosa uma expressão de força, de vontade, de VENCEDOR!

Não existe no mundo sintonia tão perfeita quanto São Paulo Futebol Clube e Libertadores da América !

Ela é tão diferente, que de forma inconsciente, acordamos e já pensamos: HOJE É DIA DE LIBERTADORES!

É amanhã. Amanhã os nossos corações se voltam para a nossa grande paixão, para o nosso grande sonho...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Visão do Clássico e das atuações dos jogadores

Confesso que, a algum tempo não sentia um " friozinho" na barriga antes de um jogo contra o time da marginal sem Nº. Muito dessa ansiedade deve - se a polêmica dos ingressos (a diretoria são paulina está corretissíma, ao meu ponto de vista). Muito se falou sobre esse assunto, nos chamaram de " pequenos", "prepotentes" etc. e etc. Mas a verdade é que nosso grande presidente Juvenal Juvêncio "botou ordem na casa".
O jogo começa, no ínicio muitas faltas e domínio Tricolor. Muricy Ramalho (que mesmo com dores nos rins esteve na banco de reservas) mandou à campo um mistão com apenas três titulares, poupando os outros jogadores para nossa real prioridade, a Libertadores da América.
Arouca, Wagner Diniz, Junior César, Ricky e Dagoberto comandavam as açõs ofensivas do time, impondo velocidade e toques rápidos. Porém, a atuação de André Lima( que substituiu Washington) foi lamentável, pouca movimentação e muita apatia nos 50 e poucos minutos em que ficou em campo.
As entradas de Borges no lugar do estático andré Lima e a entrada Hernanes no lugar de Rodrigo deram um novo gás no time.
Com a expulsão de W. Diniz, Jean foi deslocado para a lateral direita, logo depois,após uma linda triangulação, Dagoberto passou para Borges, que só teve o trabalho de empurrar a bola para as redes ( o primeiro na temporada).
Alguns minutos depois do gol, o jogador do time adversário entra livre na cara de Bosco, e dá um toque por cima do goleiro Tricolor. Gol. (Talvez, se o Rogério estivesse jogando não sofreríamos esse gol. Não culpo o Bosco pela saída, mas o RC se ajoelharia à frente do atacante, impossibilitando - o de fazer o gol).
O jogo termina, o empate não era o resultado esperado por nós são paulinos, mas serviu para o técnico Muricy ver em campo suas peças de reposição . E também para alguns "comemoradores de vitória" entender que o treinador Tricolor não está totalmente errado, como dizem, sobre a escalação dos 11 titulares.

Digo que não está totalmente errado porque é visível que o futebol que o meia Hugo vem apresentando é digno de banco. E que Arouca, se tiver uma boa sequencia de jogos ao lado de Hernanes, vai dar mais qualidade ao nosso meio de campo.
Wagner Diniz é rápido, sua entrada foi interessante, pois dá velocidade ao time, mas não acredito que não será titular na Libertadores. Zé Luís ou Joílson devem jogar nesse setor.

Junior César, assim como WD é muito veloz, tem bom toque de bola mas, Jorge Wagner é títular. Se Muricy optar pela entrada de J. Wagner no lugar de Hugo, JC ajudaria a amenizar a lentidão do meio de campo.

A maior dúvida é no ataque. Borges e W9 ou W9 e Dagoberto. Com a segunda opção, o time fica mais leve, Dagoberto ajuda a fazer a ligação do meio campo com o ataque, mas o camisa 25 deixa a desejar nas finalizações.
Se Borges for o companheiro de Washington, teremos 2 artilheiros de ofício na área, só que pra dupla funcionar os jogadores de meio tem que fazer com que a bola chegue aos homens de frente( o que não está acontecendo até agora).

O " problema" está nas mãos de Muricy. O maior desafio está em quem escalar e qual formação usar. Independente de quem estará em campo, eu confio nesse time e no Muricy.

2009 começa nessa quarta - feira, cabe a nós torcedores apoiar incondícionalmente o nosso time rumo ao Tetra da Libertadores.

OBS : Independente da formação a ser usada, Richarlyson merece continuar como titular, voltou a jogar bem,firme na marcação e com bons passes tem tudo pra voltar a ser aquele Richarlyson de 2007.

VAI SÃO PAULO !!!

Renganeschi, o nosso primeiro “deus da raça”

Quando lembramos de grandes zagueiros que já vestiram o manto sagrado Tricolor, a primeira coisa que nos vem em mente são os nossos “deuses da raça”.

Talvez, o primeiro nome que venha a surgir em nossas memórias seja o do uruguaio Diego Lugano, que em pouco mais de três temporadas como zagueiro do Tricolor, ganhou “simplesmente” um título Paulista, um Brasileiro, uma Libertadores da América e um Mundial Interclubes.
“dios” Lugano, como até hoje é lembrado por nós, era um zagueiro de técnica limitada, mas de uma valentia incomum. Era o coração da equipe Tri campeã do mundo em 2005.

Outro uruguaio que também ostentou a alcunha de “Deus da raça” foi Alfonso Dario Pereyra Bueno, ou simplesmente “dom Dario”.
Contratado em 1977 pra jogar como volante, Dario Pereyra demorou quase um ano para se adaptar, até que o técnico Rubens Minelli resolveu desloca - lo para a posição de quarto – zagueiro, onde se transformou num dos maiores jogadores que já desfilaram pelo Morumbi.
Nos 11 anos em que envergou a camisa Tricolor (de 1977 a 1988) “dom Dario” disputou 402 jogos, marcou 39 gols e conquistou 4 campeonatos Paulistas e 2 títulos nacionais.
Dono da raça característica dos jogadores uruguaios, era senhor absoluto da área. E com a bola dominada, partia para o ataque em arrancadas de tirar a respiração dos torcedores e o sossego dos adversários.
Esses dois, porém não foram os únicos zagueiros estrangeiros a fazer história no SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE.

Voltemos ao longínquo ano de 1944, quando então, apresentava – se ao escréte são paulino o argentino Armando Federico Renganeschi.
Nascido em Buenos Aires, o jogador tinha como principais características a força, a segurança e a raça, mas nem por isso deixava de ser um zagueiro clássico, que dominava a bola como poucos.
Porém, Renganeschi não se consagrou ídolo da torcida apenas por seus atributos, mas também por um jogo em especial, a decisão do campeonato Paulista de 1946. Neste ano, São Paulo e Corinthians disputavam o título rodada a rodada.
Na última rodada, com 3 pontos perdidos, o SPFC enfrentava o Palmeiras (que não tinha mais chances de ser campeão) . O Corinthians, com 4 pontos perdidos, dependia de uma derrota Tricolor ou, pelo menos de um empate, para ir para uma partida extra.
Aí brilha a estrela de Renganeschi. O zagueiro se machuca aos 6 minutos da etapa inicial e, como as substituições não eram permitidas, o argentino é deslocado para a ponta esquerda, somente para “fazer número”.
Aos 38 minutos do segundo tempo, o jogo segue num dramático 0 X 0, até que Bauer faz o cruzamento da direita; a bola alta, tocada pelo destino, toma o rumo do gol; o goleiro Obertan, num salto espetacular para trás, ainda consegue prensar a bola na trave; Obertan cai e a bola fica quicando junto à linha de gol; Renganeschi, manquitolando, se atira contra a bola e manda para as redes. 1 X 0. São Paulo Campeão. Esse seria o único gol de Renganeschi com a camisa do Tricolor.
Em 1948, com a volta do técnico Vicente Feola, chega ao clube outro zagueiro que iria ficar na história: Mauro Ramos de Oliveira.
Depois do primeiro treino do novo zagueiro, Renganeschi,o titular, chega para o treinador e diz : “Acho que devo ir arrumando as minhas malas”. O zagueiro deixava o clube em que foi campeão Paulista em 45, 46 e 48, voltando em 1958 para ser técnico da equipe principal. Faleceu em 12 de outubro de 1983.
Penso eu que, a nossa admiração por zagueiros que, acima de tudo, jogam com a alma, tenha se iniciado graças a esse argentino.

Obrigado Renganeschi, obrigado “deus da raça”.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Paixão Tricolor.

A questão não é ser campeão Brasileiro 6 vezes, não é se consagrar campeão da Libertadores da América em 3 ocasiões ou "simplesmente" erguer o troféu de melhor do mundo em 3 oportunidades. Tudo vai muito além disso.
Sabe quando a pessoa que você ama te pergunta porque você a ama e aí você diz muitas coisas, mas no final sente que não conseguiu se fazer entender? É mais ou menos essa a idéia, cara.
De onde vem esse sentimento tão grande por esse tal São Paulo Futebol Clube? Esse sentimento é simples, esse sentimento é o amor. É algo que me faz acreditar que eu poderia nascer em qualquer lugar, mas certamente seria São-paulino. Quando lágrimas caem ou uma imensa alegria me contagia, a culpa é sua por me fazer te amar tanto.
As tuas cores (vermelho, preto e branco) me fazem enxergar um mundo melhor. Sei lá, não tem como explicar. Seu manto sagrado é a mais bela de todas as artes.
Se for insanidade te amar tanto e não conseguir amar igualmente outra coisa, eu sou então um louco sentimentalista que vive de ti. Mas antes de me julgar tudo isso, me julgue apaixonado por esse São Paulo Futebol Clube, e se caso você se permitir provar desse sentimento por pelo menos um segundo, se considere a pessoa mais feliz desse mundo.

Bem Vindos!!!